aniversário do crónicasde uma mãe atrapa
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Dia 26 de Agosto foi um dia especial fomos comprar a cama da Bárbara. Ela foi connosco e escolheu a sua a caminha. Eu preferia outra, mas como a acama é para ela trouxe aquela gostou. Chegou a casa ansiosa. Quando viu acama na caixa pediu:
-Mãe vamos tirar a casca? Respondi que não pois ainda tínhamos que ir comprar os lençóis e o colchão e lá foi connosco no dia seguinte. Também foi ela que escolheu os seus lençóis. Hoje o pai montou a caminha. Só falta ver se vai ser fácil pô-la a dormir lá sozinha. Pois ela ficou muito desapontada ao descobrir que eu não ia dormir naquela caminha. Vamos ver como corre. Para já a caminha já lá está. E apesar de não ser a que eu queria acho que ela teve bom gosto.
Há alguns meses sonhei que tinha sido mãe de novo. E o bebé era lindo. A Bá contente não parava de dizer: -deixa ver o bebé pequenino, mãe!
–E o bebé era lindo e moreninho.( não me lembro se era menino ou menina)
Mas acordei e a Bá dormia na sua caminha. Olhei para ela e pensei em como ainda é pequenina e frágil.
Por enquanto ficamo-nos pelo sonho.....
O melhor da vida é saber que ter um filho é algo único ou seja, minha pequena Bárbara é o melhor da vida. Tenho aprendido muito com ela. Eu pensava que a tinha ensinado a olhar para as folhas das árvores a mexerem-se com o vento, mas quem me ensinou foi ela Pois um dia., ainda ela era bebé, fez-me reparar que numa das árvores das traseiras da nossa casa as folhas tinham cores diferentes. Foi ela que me fez reparar que eram árvores de folha caduca. Eu nunca tinha sequer parado para olhar para as árvores e agora não saio sem ver se já ganharam folhas pela primavera ou se as perderam anunciado a chegada do Outono.
Ainda a passear, mas com percalços pelo caminho, venho aqui apenas para fazer um desabafo. Acho que algo de errado se passa com a Bárbara. Desde recém-nascida, mesmo quando era amamentada, ela vomitava com frequência. E digo, vomitava e não bolçava. Hoje de visita a uns primos em Setúbal, (visita prometida ainda ela morava na minha barriga), começou a odisseia. Estávamos a atravessar a ponte 25 de Abril quando olho para trás e a vejo a vomitar de jorro. Fiquei aflita. Não tínhamos onde encostar. Tinha pânico que ela se engasgasse. Queria tirar o cinto e saltar para o pé dela. Mas a prudência aconselhou-me a ver se era necessário. Parámos logo a seguir à ponte. Descobri que o edifico junto à saída da ponte tem uma casa de banho, o que deu imenso jeito. Enquanto o pai limpava o vomitado do carro, eu fui lavá-la. Para ajudar o saco da roupa suplente ficou em casa. O vestido da Bárbara estava imundo e nauseabundo. Ela coitadinha muito atrapalhada, não parava de dizer:
- A Babá vomitou o carro do papá. Está toda sujada. Está tudo sujado.
Sosseguei-a, disse-lhe que não tinha importância e fui lavá-la. Ainda bem que é Verão. Nenhum de nós pais levara casaco. O dela ficou vomitado. O saco da roupa suplente ficou em casa e o vestido dela teve de ser tal como ela passado por água. Achei que a melhor solução era deixá-la de fralda e irmos comprar roupa ao Fórum Almada. Lá fomos nós. Telefonámos aos primos a explicar porque estávamos tão atrasados e fomos comprar roupa. Eu fui mudar-lhe a fraldita coisa que, não tinha feito na outra casa de banho, (já com intenção de aproveitar e ir ao fraldário) enquanto o pai lhe foi comprar roupa. No Fórum alguns olhavam de espanto para a miúda só em fralda. E eu não resisti a lançar para o ar, -Pois é que ela é muito acalorada! – Com um sorrisinho amarelo, para uma senhora que olhara mais descaradamente.
Assim a Bárbara ganhou dois Vestidos novos e um pijama do Noddy. Vesti-lhe um dos vestidos e descobri com agrado que o Fórum tem uma casa de banho de família. A Filha gostou tanto que, até quis fazer chichi lá, e fez! A viagem prosseguiu sem mais percalços. Já lá, a filhota não quis comer. Insisti um pouco, mas ela não quis e eu achei por bem desistir. Ela tinha uma linda priminha a Beatriz de 3 aninhos à espera dela para brincar e lá brincaram as duas satisfeitas. Depois na hora de pôr as meninas a dormir, foi giro a Beatriz levou dez minutos para se deixar dormir com mamã dela e a Bárbara 45 minutos com cantorias aqui da mamã, e claro, mamã ao lado, mas consegui adormecer a gata deles em dez minutos. Descansei um bocadinho e fui tomar café. Quando regressei ela dormia e eu pensava que estava tudo bem. Quando ela acordou estava bem-disposta, insisti para ela comer, ela não queria mas lá a convenci, antes não o tivesse feito. Pois mal acabara o primeiro iogurtinho, estava a dar-lhe o segundo, que ela queria, mas não queria, quando de novo…. Vomita tudo de jorro. Eu, ela, a cadeira, o chão…nem tive coragem de me mexer dali. Quando terminou foi directa para a Banheira. Eu “ganhei” uma roupa nova emprestada e ela um banho completo e vestiu uma nova toilete. Já estava a temer pelo pior, pensei: ainda há o pijama. Embora o tamanho fosse um pouco grande (o pai pensa no futuro: compre hoje em saldo e terá amanhã baratinho e foi muito bem pensado) dava para fazer de camisa de dormir com a camisa. Pois acho que pensar em certas coisas atrai. Estávamos a jantar. Aparece-me ela a baixar as fraldas: -Mãe tenho cocó, quero xixi!- piiuuuu que cheirete. Está bem, lá vou eu mudar-lhe a fralda. Socoorro!!!!!! O cocó era tanto e tão líquido que ela estava outra vez imunda. Até as pernas estavam sujas. Lá espetei com ela outra vez na banheira, coisa com a qual ela não se importou, banheira nova, brinquedos novos e era uma festa. Desta feita, lá foi a princesa estrear o pijama do Noddy. Rezei mentalmente para que ficasse por aqui e por enquanto ficou. Felizmente a minha prima Custódia trabalha com crianças e é uma santa de paciência.(Que rica visita que lhe fiz!!!). O regresso decorreu sem incidentes. Ao chegar a casa fez um pouco mais de diarreia, mas nada que se parecesse só bebeu água com açúcar e foi dormir. Mas eu fiquei a pensar que há alturas em que estes vómitos e desarranjos são por demais frequentes. Os médicos apontam gastroenterites virais! Eu até que posso ferver e esterilizar os pratos em que come e tudo e mais umas botas para tentar evitar que ela fique assim! Mas e as mãos? Tocam em tudo, e ela chucha no dedo. Não lhe posso esterilizar o dedo constantemente! Mas continuo (coração de mãe a falar) a achar que algo de errado se passa aqui. Ela tinha alturas em que estava assim e era só o peito que lhe dava. Perdi a conta às noites em que tive de a virar de pernas para baixo segurando-a pelos pés e bater-lhe nas costas para se desengasgar. Perdi a conta às noites em que ela vomitou a cama dela e minha e o pai me ajudava limpando o chão e trocando lençóis de cama, enquanto nós tomávamos banho e eu a amamentava de novo. Perdi a conta às lágrimas de preocupação e desespero, quando estava sozinha com ela
Eu sei que é normal, as crianças terem doenças, indisposições, e tudo o mais porque são muito vulneráveis.
Sei que quem tem filhos tem cadilhos como me dizia o pediatra dela da última vez que falámos.
Mas estou preocupada. O meu coração de mãe está apertado, eu sinto que há algo errado….
Isto está a começar a cedo, está. No outro dia, eu estava a mudar de canal para lhe pôr o Panda quando ela me pediu que parasse porque queria ver o menino giro, perguntei que menino e ela respondeu que, era o da “zhão” (televisão). Fui mudando de canal até ela me dizer onde era. Boa! Era no canal Hollywood, estavam a passar o “Pretty Woman” (“Uma mulher de sonho se preferirem”) com o Richard Gere e ela não se cansava de dizer: - O menino é giro mãe! O menino é muito giro! – E não me deixou mudar de canal, enquanto lhe apeteceu estar a ver. Tinha uma amiga do Porto cá de visita e estava a contar-lhe a peripécia. A Bárbara estava junto de nós. Então virei-me para ela e disse- -lhe:
- Conta a titi Sissi, o menino era giro, era? - E ela respondeu-me com uma ar de grande sobriedade:
- Um homem bonito mãe, um homem bonito!
A última das tropelias da safadinha é roubar-me a roupa dos cestos de roupa para passar, e fugir com ela pela casa a fora, comigo atrás dela, a rir-se que nem uma doida e a repetir:
- É muito divertido! Isto é muito divertido!
Bárbara segurava nos dedos um boneco pequenino do Noddy, enquanto lhe vestia o pijamita. Olhou para o boneco nas suas mãos e disse:
- Este Noddy é pequenino e aquele é gande – apontando para o boneco grande do Noddy que se encontrava junto dos outros brinquedos. Fiquei orgulhosa desta comparação, saída assim espontaneamente. E felicitei-a:
- Muito bem já sabes a diferença entre o grande e pequeno. Pois é, reforcei, esse Noddy é pequenino, o outro é grande. A Bárbara é pequenina e mamã é grande.
- Não! A mamã é pequenina como a Babá! Faz “dadada”.- Respondeu ela.
- Não, filha a mamã é grande, tu és pequenina. Faz “dadada” para brincar contigo, como tu fazes a brincar.
- Não! A mamã é pequenina como a Babá! Faz “dadada! – insistiu ela num tom zangado.
Ai é assim, pensei e disse-lhe:
-Está bem filha, então podes levar a mamã ao colo para o quarto e para a caminha que a mamã, está muito cansada!
A resposta não se fez esperar
- Não pode. A mamã é muito gande! - Respondeu rapidamente com um ar desolado de quem o queria fazer e não podia.
Bastou apenas um dia dizer que a mamã e o papá têm Babá no coração, para ela responder: - No Coraxão ! Sempre que lhe pergunto, onde é que a mamã e o papá guardam sempre a Babá É mais tipo lenga-lenga .
Mãe -Onde é que a mamã tem a filha guardada?
Filha - No Coraxão !
Mãe - Onde é que o papá tem a filha guardada?
Filha - No Coraxão !
Mãe - Onde é que a mamã e o papá têm a filha guardada?
Filha - No Coraxão !
Mãe - E onde é que a Babá guarda a mamã e o papá?
Filha - No Coraxão !
Não, não é uma história de encantar, como possam pensar. Quem por aqui passa deve lembrar-se da história da birra da Bárbara, porque queria um pijama com princesa e eu não tinha nenhum (ver o “Pijama e a princesa, para quem não está a par). Se bem que ela ficou adorar o dito cujo pijama da casinha, achei por bem oferecer--lhe um com uma princesa assim que pudesse. Assim quando passei numa lojinha no túnel do metro de Sete Rios e vi que tinham pijamas de bebé e criança em promoção, decidi entrar. Ainda mal tinha respirado, quando entrei, tinha uma vendedora solícita “ em cima de mim”.
- Posso ser-lhe útil? Perguntou. Respondi que sim e perguntei-lhe se tinha pijamas com princesas para meninas de dois anos, ou algo que se assemelhasse. Respondeu que com princesas, não, mas tinham outros. Pensei que me fosse mostrar algo com as bonecas da moda “Winx”, “Power Puff Girls” ou no género, mas não, mostrou-me pijamas com tartarugas e ursos! Podia sempre inventar a história da princesa tartaruga (já que há a do príncipe sapo, porque não a da princesa tartaruga?!), mas queria mesmo algo próximo da princesa. Disse à “menina” (leia-se vendedora) que as tartarugas e os ursos eram giros, mas era difícil assemelhá-los com princesas e perguntei se era só aquilo que tinham:
-Sim, sim – respondeu a despachar-me como quem diz: esta não me compra nada, e foi tentar caçar (que não tem outro nome) outra cliente à porta. Fiquei a olhar para a vendedora espantada. A senhora da caixa apercebeu-se da cena e perguntou se podia ser útil: respondi que não, obrigada com um ar um pouco desolado. Parece que não têm o que procuro nem parecido, vou só dar uma olhadela, no que têm por aqui, para ver se gosto de algo. Pouco precisei de vasculhar para descobrir uma amorosa camisa de dormir com um a boneca coroada de flores dentro de um coração brilhante. Nas costas da camisa de dormir, tinha imagens pequeninas da boneca a dançar e a tocar instrumentos musicais, e figuras de notas musicais. Peguei na camisa de dormir e dirigi-me à senhora da caixa falando suficientemente alto para a outra vendedora ouvir:
-Olhe, afinal encontrei o que queria. Aqui está uma princesa! Com um pouco de esforço e imaginação tudo se resolve. É uma princesa moderna, mas sempre se assemelha mais a uma princesa do que as tartarugas – disse eu de sorriso estendido de orelha a orelha. A senhora da caixa também disse que de facto era uma princesa moderna, e uma cliente que se encontrava junto à caixa, também concordou que era fácil fazer passar aquela boneca por uma princesa, para uma criança de dois anos. Paguei, agradeci a atenção às senhoras e fui ver mais uns artigos de criança, só por curiosidade mesmo. Assim que me dirigi aos artigos de criança, surge-me de a inicial vendedora novo muito solícita. Quer ajuda? Perguntou. Confesso que tive vontade de a mandar a um sítio pouco bonito de se escrever e dizer, mas optei por sorrir friamente e responder:
-Não, obrigada. Já tenho o que queria, estou só a ver. - E fui-me embora.
Já em casa mostrei toda contente à camisa de dormir à Bárbara. Ela olhou para ela e respondeu-me.
- Não quero coraxão, quero prinxesa.- Disse ela (Irra miúda teimosa pensei eu!)
- Mas filha, já viu a princesa está dentro do coração como a Bárbara está no coração da mãe. Olha para ela gosta de cantar e dançar como tu. - E mostrei-lhe as figuras das costas da camisa.
Olhou para elas visivelmente encantada e disse que queria vestir o pijama da princesa bailarina que ultimamente tem feito os seus encantos. Espero que não se lembre de outra tão cedo.
Cool Slideshows! | Finalmente o papá entrou de férias! Vamos uns dias para fora. praia ao atravessar da estrada, parece-me óptimo! Mas como descobrimos que podemos treinar o sapo para trabalhar sózinho, as crónicas desta semana vão continuar a aparecer... Até à volta!!!!
Finalmente, depois de muito prometer, ganhei coragem e fui à praia sozinha com a minha filha. Assim que lhe disse que éramos para ir à praia ficou toda contente e disse:
-Não pode levar a fraldinha para a praia que fica suja! – (ela dorme agarrada a uma fraldinha) Está bem, filha, se quiseres levas e a fraldinha fica no carro e assim o fiz. Os olhos dela brilhavam de alegria não se continha de contentamento. Cruzámo-nos com uma vizinha e ela não se conteve quando lhe perguntaram se ia passear, respondeu:
-Vou passear no carro da mãe. Vou à praia no carro da mãe! Tão contente!
Veja-se que não é atravessar a estrada com toalhas e sombreiros às costas. Foi atravessar a ponte, estar em filas de trânsito com a filhota a queixar-se que estava toda suja porque tinha feito xixi no carro e tinha calor (o meu ar condicionado ainda é à manivela) embora eu lhe tivesse posto a janela aberta. A seguir fui a saga do estacionamento e de encontrar a praia que queria. Queria para a praia da Morena e passei-a, depois quis para a Rainha, mas a fila era enorme, e o parque estava completo, voltei para trás fomos para a “Riviera “ (até porque o nome é chique e gente fina é outra coisa). Lá encontrámos estacionamento coitada da miúda estava cheia de xixi. Era ela, o fatinho de banho, os calções, porque a Little swimmer ” que eu lhe pus deixou extravasar tudo. Coitadinha devia estar, mesmo desconfortável! Mas eu não estava melhor. Eu estava aflita para urinar e não ia aguentar com ela ao colo mais um saco de fraldas, uma mochila de toalhas, uma geleira e um guarda-sol. Não resisti, foi mesmo atrás do carro, um pouco escondida por entre às árvores. Não sei se alguém me viu mas também não quis saber. Não aguentava mais. Troquei a roupa a Bárbara, voltei a passar-lhe protector e aí fui eu com a tralha toda atrás e a Bárbara ao colo! Depois de montar o "estendal” estrategicamente colocado junto a um casal de simpáticos velhinhos a quem pedi que se pudessem me olhassem pelas coisas quanto ia esplanada. Gentilmente acederam, desde que não fosse muito tempo, mas foram mesmo gentis. Fui para a esplanada com a Bárbara pois com todas as peripécias cheguei a praia era meio-dia. E não queria estar com ela ao sol. Não gosto de ir à praia com ela por esta horas, mas voltar para trás ia ser muito mau para ela que estava tão contente! Embora me tenham levado os “olhos da cara” por , por um cachorro, dois sumos, um café e um gelado, a esplanada era muito agradável e como tinha música a princesa não parava de dançar e toda a gente lhe estava a achar piada. Já estava a tomar café, quando uma senhora de alguma idade se sentou junto de nós a beber uma imperial e se meteu com ela. – Olá menina. – Disse-lhe para responder e ela sorriu e disse: Olá sinhora . Boa tarde! – A senhora ficou encantada e perguntou-me a idade dela, mais uma vez virei-me para a filhota e disse, diz à senhora que idade tens:
-Dois, dois anos! -respondeu muito depressa mas indicando só um dedo (embora já lhe tenha explicado como eram os dois). Consegui ver os olhos da senhora a arregalarem-se por detrás dos óculos escuros.
- Mas ela fala tão bem com dois anos! Ela é tão gira (claro que fiquei toda babada).
Contei então que ela começara a falar muito cedo. Entretanto a senhora acabara a sua imperial e a Bárbara virou-se para ela e perguntou:
-Não bebes mais?
A senhora estava espantadíssima! E eu, entre o muita vontade de rir e um pouco envergonhada pela Bárbara ter tratado a senhora por tu, mas é difícil explicar isso a uma criança de dois anos, (embora eu conheça quem trate os bebé por você para que isso não aconteça, mas acho de uma enorme frieza). A senhora entretanto foi-se embora e desejou muitas felicidades, votos que retribuímos. Voltámos para o Guarda-sol. Pus-lhe protector, um chapéu, uma t-shirt e esteve sempre à sombra e eu ao sol (o que não foi muito boa ideia, pareço uma lagosta suada). E dei-lhe a papinha dela. Confesso que ela se portou muito bem e esteve uns tempos a brincar com as coisas dela na areia. Nunca saiu da sombra enquanto eu não deixei, mas encheu-me de areia a mim , às coisas e a ela própria. Parecia mesmo um Croquete! (como lhe chamo desde que ela nasceu comprida e roliça).
Depois comecei a construir castelos e ela destruía-os e pedia-me mais. Já perto das quatro fomos à água lavar as coisitas de brincar e molhar os pezinhos, também aí se portou bem. Quando voltámos o Guarda-sol voara e umas senhoras gentilmente mo apanharam. Fiz sinal quando se iam embora para agradecer e tentei enterrá-lo o mais que consegui. Enquanto procurava o creme protector para o voltar a passar na filha, esta ao contrário das minhas recomendações decidiu encher-se de areia, tentei sacudir-lha, mas tinha o corpito ainda húmido e quanto mais eu lhe pedi que não o fizesse, mais ela o fazia. Perdi a paciência e dei-lhe umas palmadas de aviso na fralda, pois de outra forma ela não parava (juro que não gosto muito, mas na hora certa resulta), finalmente parou. Era uma confusão de creme e areia que decidi ser melhor voltar a à água e lá fomos. Estivemos a brincar um bocado na areia molhada. Eu construía-lhe castelos e ela destruía-os, até que lá se deixou conquistar por um castelos lusitano à boa moda bárbara. Aí ela viu um miúdo de perto da sua idade nuzito a tomar banho e pediu-me para tirar a roupa, que queria ir à água com as mimis (maminhas). Prometi que o faria mais tarde. Entretanto tive de a molhar toda para lhe tirar a areia. Coitadinha ficou cheia de frio. Fui depressa com ela ao colo buscar a tolha para a aconchegar. Estava a tentar estender a minha toalha, com ela o colo para me sentar com ela, quando o idiota do Guarda-sol voltou a voar. A cena devia estar a ser gira, porque ninguém se dignava a ajudar. Eu com a miúda ao colo, para ela não se voltar a encher de areia, a tentar fixar aquela “coisa”, que insistia em não parar de voar, e a Bárbara a querer sair do colo. Até que o senhor do casal ao lado agarrou o idiota do Guarda-Sol e sem uma palavra fixou-mo bem. Haja uma alminha gentil! Agradeci a gentileza e fui mudar a fralda à Bárbara que se queixara de cocó. Desta feita, ela tinha um cocó enorme e decidiu outra vez enfiar as mãos na areia e com o vento foram-lhe grãos de areia para os olhos, pior ainda decidiu levar as mãos aos olhos, quanto mais eu tentava tirar-lhas, mais ela as punha nos olhos. Eu nunca vi criança que gostasse tanto de areia. Parece a cachopa que foi feita na praia (por acaso não!). Bem, peixinha já ela é! Por mais que dissesse – Está quieta, a mamã limpa, a mamã ajuda! - Ela não parava e eu não lhe conseguia mudar a fralda, ela estava a ficar toda suja e cheia de areia. Tive de voltar a dar-lhe uma palmada de aviso que a deixou muito sentida desta vez, pois estava sem fraldinha, mas lá consegui finalmente mudá-la e limpá-la. Fizemos um lanchezinho. E como já passava das cinco da tarde, deixei-a ir por um bocadinho toda nuazinha à água, pois ela começou a tirar a fralda e a dizer que queria ir à água, só com o rabo!!! Aproveitei para a lavar da areia. De volta ao nosso cantinho pus-lhe uma fralda sequinha. Vesti-lha uma camisola, mais quentita (estava a ventar na praia) e enrolei-a na minha saída de praia, pois os calções dela estavam sujos. Sentei-a na minha toalha de praia, enquanto arrumava as coisas para nos virmos embora e ela portou-se lindamente. Desta vez nem ralhei, nem lhe toquei a não ser para dar muito mimo. Obedeceu ao que eu lhe disse e não parava de perguntar - Queres ajuda mãe?.
Disse-lhe que me ajudava portando-se bem e assim o fez, mas tive de novo de a levar ao colo. Foi pena não termos tirado fotografias. Já no carro antes de nos fazermos à estrada disse-me toda contente:
- A Babá foi a praia com a mamã no carro! Foi! Foi! – E tinha um enorme sorriso quando o disse.
Fiquei feliz e sei que ela também. Dormiu todo o regresso e confesso que a deixei dormir o que quis, não fosse eu interromper algum sonho feliz!
Como a maioria dos pratos de melanina não dão para ir ao microondas, quando é necessário aquecer a comida tenho por hábito, aquecer e arranjar comida da Bárbara no meu prato e depois passar para o dela. Hoje não foi o caso, pois a comida já apareceu prontinha no seu pratinho. Como se o estranhasse, ela passou o tempo todo a tirar comida do meu prato para o dela. Decidi dar-lhe o arroz todo do meu prato, não satisfeita quis o bife. Pedi ao pai que acabara de comer e se levantara , que fizesse o favor de me tornar a servir. Assim que o pai me voltou a pousar o prato servido junto a mim , Bárbara voltou a tirar comida do meu prato ainda não tendo comido o que tinha no seu.
Não resisti : _ Filha tens de deixar a mamã comer, se não vou ter de mudar o blog para "Crónicas de uma mãe esfomeada!". Não sei se ela percebeu, mas ao menos deixou-me comer e comeu muito bem para os últimos tempos!
E os desafiados são:
É pena não consegui chegar a sete, sou nova por aqui e todos os que tenho visitado já foram desafiados.
Pois chegou a minha vez de responder ao desafio das sete maravilhas que minha primeira amiga dos blogs Lauraisa me lançou.
Talvez corra os risco de não ser muito original, mas apenas quero ser honesta. A ordem das maravilhas é aleatória, salvo raras e importantes excepções:
1-Sem dúvida que a minha filha é o mais importante e ter graça de ter uma filha saudável.
2- Meu amor, meu companheiro de jornada, meu namorado, amigo , amante, marido e pai da minha filha.
3-Ser mãe, ter tido a a graça de gerar uma vida no meu ventre e assistir a esse milagre durante nove meses no meu ventre e para o resto da minha vida ( assim o espero) assistir ao seu desenvovimento e crescimento como ser humano.
4-Amar e ser amada.
5-Viver,estar viva,ter a graça de ter os cinco sentidos e poder desfrutar deles para apreciar o mundo em que vivo. Poder ver, cheirar, sentir, tocar e saborear a minha filha.
6-A natureza, o nosso planeta selvagem, o sol, o céu, a terra, o mar, o nosso lar.
7- O número sete, éramos sete na minha família, há sete anos que vivo a dois, a minha filha nasceu a dia 16 (1+6 =7 ), meu lar é o número sete.
Amanhã divulgo a quem lanço o desafio.
Por Darfur
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