aniversário do crónicasde uma mãe atrapa
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Já não sei bem ao certo qual foi o dia que começaste a fazer parte de mim, do meu ser, da minha existência, das minhas entranhas. Nem percebo muito bem como de repente, aos poucos e poucos te incluístes, na minha intimidade. Não há gesto que eu não faça que tu não me acompanhes. Não há frase, ou gargalhada que tu não ouças. Não há alegria ou tristeza que tu não sintas. Porque me acompanhas em todos os momentos da minha existência desde que germinaste no meu ventre, e aos poucos te transformas num extensão do amor de duas almas, da paixão dois corpos unidos em sofreguidão pelo prazer do desejo de possuir outro ser.
Mas para além das explicações da ciência e da biologia existem perguntas que permanecem no meu ser. De onde virá a tua alma, a tua personalidade? Como serás fisicamente: terás olhos verdes, azuis, castanhos? O cabelo será encaracolado, liso, castanho louro, preto? Serás perfeito na acepção vulgar de perfeição? Quem serás um dia: apenas um alguém feliz ou um alguém infeliz? Sim, terei eu capacidade de ser responsável por um outro ser, por uma outra vida e fazer dessa vida algo de bom, uma pessoa feliz... Serás um génio ou apenas uma pessoa que vive no anonimato mas feliz como tantas outras. Gostarás dos mesmos livros, das mesmas músicas dos mesmos filmes que eu? Queria tanto saber quem é este ser que aguarda a sua entrada neste mundo, aconchegado no meu ventre, no refúgio do meu ser. E tenho medo, tanto de medo de nunca o vir a saber de nunca o chegar conhecer.
Por Darfur
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