aniversário do crónicasde uma mãe atrapa
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Ainda há por aí alguém que acompanhe este blog desde o seu início? Se há lembram-se deste post “Fomos à Praia”? Não haja dúvida que o mundo pequeno e há coisas que não acontecem por acaso. Pois é o colégio da Bá faz os dias de praia, exatamente sabem onde? Na Praia da Riviera, como vêm eu tinha razão “gente choque é outra coisa” (vide post citado). Ela queria muito que eu lá fosse ter um dia com ela este ano. Mas estava difícil. Ontem lá consegui ter o dia e depois de dias em que passei dia e noite a trabalhar, bem merecido o foi. Estava difícil, pois como queria dar-lhe um dia de miminho só para ela, tive de ir primeiro levar o Gonçalo à ama , a seguir ainda tive que ir pôr gasolina e como há muito que não fazia esse caminho sozinha, ia tentar lembra-me do caminho. Bom acabei por enganar, mas não foi grave porque consegui ir lá ter. Não consegui foi estacionar logo na praia dela. Ainda tive que andar e estava de coração aos saltos que eu estivesse achegar e eles a sair, mas felizmente não.
Assim que me viu os olhos brilharam de felicidade e encheu-se de orgulho. Fomos as duas á água. Brinquei com ela e os amigos. Depois ela pediu-me para não voltar para a escola e ficar mais um pouco comigo. Não resisti e cedi. Não consegui evitar de recordar todo o dia a aventura que tinha tido com ela anos atrás. Já não é a minha bebé. È aminha menina crescida. Já nada. Já me ajuda a carregar as coisas. Brinca comigo na água e coleciona conchas junto do mar. Partilha a merenda dela comigo e repete sem fim que tem muita sorte porque ficou com a mãe na praia. A água estava ótima e a bandeira estava verde. Tirá-la de água foi difícil, mas a determinada altura a rebentação estava forte e eu insisti para sair apesar da bandeira verde,
a corrente estava a puxar. Fomos a uma esplanada num barzinho simpático e original que não me pagam a publicidade, mas pela simpatia a merecem, se forem lá visitem “Xunga Baby love”. A esplanada está decorada com material reciclado e pintado.
Enquanto estávamos na areia eu recordava e contava-lhe o nosso dia de praia. Ela ria-se quando eu lhe contava a que ela dizia que queria ir à água só com as “mimis” ou só com o rabo. Depois regressámos as duas e eu fui buscar o bebé.
Mas foi tão bonito, eu olhava para a menina em que ela se tornou e só via a minha bebé santada debaixo do guarda-sol a brincar na reia com pás e baldes e depois voltava a olhar via a menina que queria ir à água só com o rabo ,mas a seguir via a menina que só queria partilhar uma trade especial com a mãe e nadar. Olhava para ela e já não tem nada de bebé está enorme, as pernas, os braços era de menina crescida. Eram da minha menina de oito anos de quem muito me orgulho e aos meus olhos ela ainda cresceu mais depois que o mano nasceu. Adoro quando ela se dá de mana mais velha e protege o mano.
E tudo isto fez-me lembrar como é bom e importante este blog para registar estes momentos mágicos que são únicos, irrepetíveis e inesquecíveis.
Como o tempo tem estado bom e a Bá fez pouca praia temos aproveitado para ir à praia e temos apanhado dias excelentes. Melhores do que em Agosto. No sábado passado, a Bá viu um rapaz que tinha pescado um polvo e foi a correr ter com ele. O rapaz foi muito simpático respondendo-lhe a todas as perguntas. Preocupada a Bá perguntou: Não lhe vão fazer mal, pois não. E que eu tenho pena dos animais serem comidos, eu tenho muita pena. - Diz ela com um ar muito sentido. O rapaz e os amigos acharam-lhe piada:
- Não, não lhe vamos fazer mal, vamos pô-lo num aquário com uma “polva”.
Eu sorrio e agradeço. Eles perguntam-me a idade dela e ela responde. Acham-lhe ainda mais piada. Tão pequenina e já com tanta consciência. -comentam.
E eu com os meus botões, começo a pensar se não vale a pena começar a experimentar umas receitas com Tofu, seitan e etc. É que se vissem a carita dela…
Fomos à Praia da rainha. Tudo parecia perfeito, chegámos na hora em que muitos partem. A minha hora preferida para fazer praia. Longe da confusão, mas de plena comunhão com a areia, o sol e o mar. Como disse estávamos poucos na praia e apesar do vento que insistia em soprar, estava-se admiravelmente confortável perto do mar. A Bárbara brincou numa piscina de areia que outra criança fizer com o pai e depois construímos a nossa. A seguir fomos à àgua. O mar apesar da bandeira amarela não estava bravo. Mas dava para brincar com as pequenas ondas que a maré enchente fazia. As gaivotas começavam a substituir as pessoas que saíram na praia. Eu e a Bá brincávamos na água a fingir que fugíamos das ondas e voltávamos. Parecia o fim de tarde perfeito.
Mas de repente corria a Bá na minha frente em direcção às toalhas quando me apercebo que começava a chegar à praia uma matilha de cães abandonados. Temi por mim e por ela. Gritei-lhe para que parasse de correr. Pedi-lhe que não se aproximasse de nenhum. Expliquei-lhe que aqueles cães não tinham dono e podiam ser perigosos. Comecei a arrumar as coisas o mais depressa que consegui. A Bá obedeceu-me e eu agradeci a Deus por ela me ter obedecido, pois nem sempre é fácil que ela o faça. Começavam a chegar mais cães e o meu pânico aumentava. Tentava manter-me calma, mas confesso que fiquei com medo. Foi uma das piores experiências da minha vida ter que passar com a Bá ao lado da matilha. Há muito tempo que não sentia uma sensação de pânico e impotência tão grande.
Senti também raiva das pessoas inconscientes, egocêntricas e egoístas que abandonaram aqueles cães (alguns de raças caras), pondo em risco a vida dos cães e das pessoas que por eles passam Pois estas matilhas tornam-se perigosas. Abandonar animais é um crime público. Antes de levarem um cachorro para casa deviam-se lembrar que eles crescem. Pois chegam às férias e os pobres bichos são largados à sua sorte. Espero que não façam o mesmo com os filhos, pois eles também crescem e começam a dar mais trabalho!
Não sei que entidade poderá ser responsável por retirar estes cães das praias, mas enquanto isso não acontecer, com muita pena e minha da Bá à Costa da Caparica é que eu não volto e não aconselho ninguém. Aliás é de repassar este aviso para a segurança de todos: Cuidado matilhas de cães abandonados invadem praias da Costa da Caparica.
E não estou a exagerar. Fui dona de cães e adoro cães. Mas também já li e já vi programas sobre os perigos destas matilhas. È que basta um atacar para eles agirem em matilha.
Depois de passar a matilha as minhas pernas tremiam como varas verdes. Fomos directas ao carro e ali arranjamo-nos a pressa, pois na altura em que dois cães passaram lá perto, enfiei-me mim e à Bá no carro.
Senão fosse isto tinha sido um fim de tarde perfeito.
Por Darfur
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