aniversário do crónicasde uma mãe atrapa
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Andava indecisa se havia ou não de falar com a professora da Bá. No outro dia a Bá desabafou comigo muito triste, que achava que os colegas não gostavam dela e não sabia porque não tinha amigos. Que nunca ninguém queria fazer par com ela na carrinha para irem para a Natação e isto com um ar muito triste, olha para mim e remata com voz tristinha:
-Mas eu sou boa menina mãe!
Podem ver como fiquei com o coração apertadinho.
Tentei falar com ela. desdramatizar a situação explicando que ela era nova na escola, que os outros meninos já vinham todos juntos.Para ela não brincar só com a amiga que já conhecia, para ela tentar ser menos mandona nas brincadeiras e para ser ela a tomar a iniciativa de brincar com os outros meninos por aí...Enfim, mas a conversa e a tristeza dela não me saíram da cabeça toda a noite que ainda por cima foi de insónias. Cada vez que eu lhe falava de falava falar com a professora ela entrava em pânico, expliquei que não havia motivos para isso, se ela não tinha feito nada de mal.
Depois de muito pensar lá liguei à professora e ela disponibilizou-se logo a falar, não podia no dia de atendimento dela,mas combinámos para Terça à hora em que os meninos vão para a música. Assim foi.
Antes de eu falar pedi-lhe que ela me falasse sobre a Bárbara na escola, para que o que eu dissesse não influenciasse. Demonstrou conhecê-la bastante bem, o que me deixou satisfeita e mais à vontade para falar. Lá desabafei sobre a falta de empatia que e Educadora da Pré demonstrou por ela.Dos dias em que a menina ficava sem brincar de castigo e que só tive conhecimento mais tarde, apesar de gostar da maioria das pessoas do sítio onde ela estava. Do sentimento de posse dela em relação à amiga que se tornou o seu grande apoio.
Depois expliquei-lhe a conversa que a Bá tinha tido comigo e que me levou a falar com ela. Expliquei também que o 1º ano da Bá não tinha sido fácil com as idas e vindas de Rio Maior, situação que ela como professora também conheceu e de certa forma acho fiquei muito satisfeita por perceber que falamos as as duas mesma linguagem ( se é que percebem o que quero dizer ;) ). No fim alertei-a para o facto da Bá ter a capacidade de decorar livros inteiros. Mas ela sossegou-me pois diz que altera a ordem das coisas e ela capaz. Senti-me aliviada. Confirmei que a professora gosta dela, é carinhosa e compreede-a bem. O que a Educadora considerava desleixo, ela diz que é perfeccionismo. Só por aí já vou ficando mais sossegada.
Depois perguntei pelos testes que a a Dona Bá se esqueceu de mostrar e como deve ter calhado para meu azar num dos raros dias que não faço ronda a mochila, devolveu-os à professora sem mos mostrar. Mais um motivo para eu sorrir Excelente nos três Português, Matemática e Estudo do Meio.
Depois de uma longa mas amena e agradável conversa, prometeu que ia ver o que podiam fazer em relação à situação, e que fiz bem alertá-la. Saí de lá mais leve.
Hoje quando fui levar a Bá cruzei-me coma a professora que me disse:
-Ai ainda bem que veio cá ontem,parece que o Ego ela se encheu e houve uma situação aqui á tarde, que foi mesmo bom ter vindo.
Não pôde adiantar mais porque estava a subir com os pestinhas para a sala. Mas deixou-me curiosa com o que possa ter acontecido.
Por Darfur
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