aniversário do crónicasde uma mãe atrapa
bolo de bolacha receitas fáceis
-Mamã se não podemos dar mamã aos meninos que não têm mamã, podemos dar papás?
-Não filha, nós não podemos fazer isso.
-Mas podemos fazer-lhes companhia? -Olhos brilhantes de expectativa.
-Sim filha isso já é possível… sorriso radiante
É nestas alturas que esqueço as birras…
(Há algum tempo que ando a pensar em voluntariado que sabe seja o inicio de uma nova caminhada)
Este ano foi o meu ano de fazer de pai Natal. Na hora a Bá reagiu como se estivesse perante o pai Natal, Pois pus uns óculos para não me ver os olhos. Mas no dia seguinte quando lhe perguntei pelo pai Natal. Riu-se e disse: Eras tu mamã, eras tu. Eu vi as tuas botas na alcatifa. E tinhas uns óculos de espelho. Não sabes que o pai Natal não usa óculos mãe, não sabes?
Ar de marota e mãozita na anca a rir-se.
Sim sei que tenho andado ausente. Não é por não sentir a vossa falta, nem por falta de novidades da Bá. Confesso que ao contrário de outros anos estou sem espírito natalício.
Sinto-me cansada, stressada, esgotada… Não consigo organizar a confusão desta casa que anda num caos. Não consigo organizar a confusão da minha cabeça. Não consigo ter paciência para a Bá e só me apetece enfiar o nariz dentro dos lençóis e não ver ninguém á minha frente. Mas a verdade é desde que tive a Bá, de quinze em dias ou ando engripada ou ando constipada. O que não ajuda muito e me deixa sem energia…(sim eu tomo vitaminas e até vou ao médico mas como raramente tenho febre nem me ligam…)
Estão a ver porque não tenho escrito? Com tanta coisa gira da Bá , só me dá para escrever as piores. Pois a cada dia cada passa sinto-me com menos capacidade para lidar com as birras dela. A Bá sente o meu stress e não ajuda com birra atrás de birra. Tenho dias em que me sinto a pior de mãe do mundo.
É a criança mais meiga do mundo, mas de vez em quando tira um santo do sério. Há dias teimou que queria ir de pé no carro. Eu doente, afónica, cheia de dores de garganta. A pedir-lhe que se sentasse que era perigoso blá blá e ela continuava. Prendia-a força, desprendeu-se. E nem vos conto a medida da drástica que tomei para a assustar, mas resultou. Porém isso não me deixou menos triste. Pois isto já durava há quinze dias. De manhã para a vestir é um inferno. Roupa nova: não quero, não me serve, não gosto. Fico de cabelos em pé! Até porque se me atraso dez minutos, sou logo penalizada no trabalho. Está cada vez mais rebelde comigo? Será a fase em que as meninas competem coma mãe? Não sei. Já me experimentei palmadas pedagógicas( agora ainda vou presa), já experimentei abraços , beijinhos palavras doces e ela continua rebelde. Só pára quando me vê de ar triste e lágrima no canto do olho.Aí volta a ser a minha Bá. Pede mãe por favor não chores e enche-me de beijinhos. Mas meia hora depois tudo regressa ao início se for preciso. Ninguém disse que era fácil ser mãe, mas escusava de ter exagerado na dose. Acreditam que a birra de hoje é que não queria os ganchos no cabelo, quando não tinha nenhum gancho no cabelo? Apre!!!! E acreditam que com o pai parece um anjinho?
Pequena e frágil como cristal.
Serena, límpida como porcelana.
Não temendo qualquer mal
Confia no colo de quem ama.
Desperta em nós um calor,
Um sentimento diferente,
Um amor que é mais que amor
Porque é parte de quem a sente
Nem parece ainda gente
Tão pequenina e franzina,
Mas já é alguém diferente,
a nossa querida menina.
Mais uma vida gerada
Mais uma história de amor
Que um dia será contada
Com a voz do mesmo amor.
À minha filha Bárbara com todo o meu amor 2005
Costumo pensar e dizer que a minha filha vale mais que qualquer tesouro e aqui há dias tive a prova disso. Depois de separar roupinhas e briqnuedos, ela perguntou-me para quem eram. Respondi que ela tinha muita coisa e o papá e a mamã. Expliquei que era para meninos pobres que não têm nem papá nem mamã. Ela concordou em dar-lhes as coisas e depois de fica um pouco a pensar olhou para mim e disse:
- Vamos dar-lhe mamãs também?Vamos mãe? -Sugeriu ela com um sorriso e um brilho nos olhos como se tal fosse possível.
Mais palavras para quê?
Por Darfur
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