aniversário do crónicasde uma mãe atrapa
bolo de bolacha receitas fáceis
Lançaram-me este desafio já há algum tempo, como sou uma desnaturadajá não me lembro quem foi. desculpem! Mas aqui está a resposta ao desafio.Quero dizer que pretendo transmitir muito mais valores mas o desafio consistia em cinco que consideremos importantes.
Lealdade: que seja sempre leal para aqueles que rodeiam, e a amam, mas acima de tudo leal a si própria, aos seus ideais.
Honestidade: apesar de num mundo cão parecer que a desonestidade tem mais valor, tudo o que se consegue honestamente tem o dobro do valor e o dobro do sabor.
Solidariedade -Que saiba estar presente na vida daqueles que precisam de uma mão amiga, de um gesto solidário,que saiba partilhar.
Civismo- Que saiba respeitar o mundo e a sociedade em que vive
Amizade- que tenha muitos amigos não importa raça credo ou nação, que nunca pare de fazer amigos novos, que nunca esqueça os amigos antigos. Que saiba cultivar e regar as suas amizades para que floresçam sempre na sua vida leais e sinceras.
Aqui há dias deixei o pai da Bá ficou furibundo porque raspei com o retrovisor do carro ao sair da garagem. Sexta- feira ia voltando a acontecer o mesmo.A Bá pergunta qualquer coisa e eu respondo:
- Espera, que a mamã agora não te pode responder.Tem de ter cuidado senão o papá
zanga-se com a mãe se voltar a raspar com o carro.
-O que foi mãe, voltaste a fazer dói dói nas orelhas do carro?
Agora cada vez que o olho para os retrovisores vejo duas orelhas.
Ser mãe pela primeira vez depois dos trinta…
Sempre foi meu sonho, ser mãe. Fui mãe pela primeira vez aos 36 anos. Não escolhi ser mãe tão tarde. A vida dá muitas voltas e depois de uma relação longa e com as minhas expectativas de vida já trocadas, ser mãe tinha-se tornado um sonho adiado. Quando conheci o pai da Bárbara tive a maior desilusão da minha vida: o homem que eu escolhera para estar ao meu lado e tinha tudo o que eu sonhara num homem para envelhecer ao meu lado, não queria ser pai!
Chorei muitas vezes escondida pois também não queria ter um ou uma filha não desejada. Que fazer? Procurar outra pessoa? Não, nem pensar! Eu amo este homem com os seus defeitos e qualidades. Desistir de ter filhos? Também não era opção. Pensei que se existisse mesmo amor, o amor venceria tudo! E confiei na vitória do amor.
Esperei quatro anos depois de conhecer o pai da Barbara até ao dia em que ele me falou nisso. Até ao dia em que ele me falou em termos um filho. Comecei a preparar as coisas para uma gravidez planeada. Comecei a fazer exames, ecografias, análises. Estava tudo bem. O médico disse que podia parar com a pílula que tendo em conta a idade, o facto de a tomar há muitos anos, levaria perto de uma ano.
Nem dois meses se passaram e descobri que estava grávida. Fiquei eufórica mas a minha euforia e alegria talvez pela surpresa de uma gravidez tão próxima não foram partilhadas. Tentei de todas as formas entusiasmá-lo, mas conforme o tempo ia passando sentia que não ia conseguir.
Nem quando a Bárbara nasceu eu senti o entusiasmo e a euforia de outros pais. O tempo foi passando e a personalidade viva da Bárbara acabou por conquistar o pai. Que se transformou num pai babado.
No entanto, para mim, foi difícil as minhas pernas incharam-me imenso e tive que passar muitos dias de cama. Passei quase o primeiro mês da Bárbara deitada para me desincharem as pernas. A recuperação do parto foi má ao fim dom primeiro mês ainda me custava andar. Um dos pontos da epiosotomia não tinha cicatrizado e doía-me. A Bárbara não agarrava bem a mama e chorava noites sem fim. De dia por vezes bastava-lhe dormir quinze minutos para passar o resto do dia acordado. Eu comecei a sentir-me muito cansada e sem energia.
Nunca consegui recuperar o meu ritmo de trabalho. A minha casa nunca voltou a estar arrumada.
Se precisava de ir a algum lado levava a Bárbara comigo, pois pouco tinha com quem ficasse. Até porque a Bárbara era amamentada e rejeitava o biberão mesmo que fosse leite do peito.
Passei três anos em ir a um cinema. Ainda hoje sinto o dobro do cansaço e dificuldade em recuperar o meu ritmo. Mas aprendi a voltar ser criança, a dar valor aos pequenos momentos, sons, gestos, carinhos. Reaprendi a brincar.
Todos os meus planos giram em primeiro lugar em torno da minha filha e perdi a minha identidade para me transformar na mamã da Babá de quem tanto me orgulho.Mesmo que ás vezes me deixe de cabelos em pé.
Rezo para ver a minha filha crescer.
Talvez me sinta com menos energia para fazer as coisas do que se tivesse sido mãe mais cedo. Mas nunca me arrependi, pelo contrário se não repetir a dose será por falta de condições. Por isso a quem pensa que perdeu a oportunidade de ser mãe por ainda não ter tido a oportunidade desejada, e pensa que já tem idade demais, eu digo não desistam. Confiem em vocês, nos vossos desejos, na medicina e para quem acreditar , em Deus.
Pois ser mãe é divino em qualquer idade...
texto publicado também no clube mammy
-Anda embora peste rabina!
- Tu mamã é que és peste rabina.
-Eu digo-te!!
Entre abraços e beijinhos:
- vamos tesourinho da mamã!
-sim, tu também és o meus tesourinho mamã!
- coisa boa da mamã!
Para quem não sabe sou professora.Em consequência disso quando a Bá tinha 6 meses fui colocda em Rio Maior.Uma pequena cidade simpática do Interior,mas onde apenas gosto de lá passar uns dias.Foi uma ano complicado,mas que acabou por deixar algumas boas recordações também. Nunca pensei emocionar-me tanto ao ver a minha filha correr nas ruas onde cresceu durante seis meses. Ouvir todo sdizerem que ela estva linda e grande e recordarem-se de como era pequenina.Mas um dos momentos mais bonitos foi a visita às salinas, onde encantad nos primeiros minutos nem se quis virar para trás para as fotografis e eu continuo a achar que ficaram lindas,mesmo que aminha joia esteja costas.
Querem uma parede decorada artisticamente? É simples.Tem-se em casa uma filha que acha que é artista e o mundo é uma enorme tela. Distraímo-nos por alguns minutos na nossa vidinha deixando a criança dar largas à sua criatividade com os seus marcadores novos, até porque lhe dissemos para fazer um desenho que a mamã está ocupada. Como a TV está ligada e não estamos a ver o que está a dar, pensamos que os barulhos estranhos vêm de lá. Et voilá!...Quando levantamos a cabeça as paredes estão melhoradas pela criatividade artística da criança. Mãe em estado choque ralha com a filha. A filha chora:
- Mas tu mandaste fazer um desenho!
-No caderno filha!
Lá lhe dei atenção, abracinhos e beijinhos.
Filha eu sei que tu és uma artista e o mundo para ti uma enorme tela mas por favor não voltes a pintar as paredes da casa à mãe!
Por Darfur
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