aniversário do crónicasde uma mãe atrapa
bolo de bolacha receitas fáceis
A Bá passou uma fase que não lhe podia chamar outra coisa senão o nome dela. Quando a minha prima esteve a tomar conta dela por causa da varicela. Assim que chegou disse--lhe:
- Então prima como estás, ao que ela respondeu prontamente:
-Não sou prima, sou Bárbara!
Mamã, já sou uma menina crescida...
E não há dia que a minha filha não me lembre orgulhosamente que já é uma menina crescida. Quer participar das conversas dos pais, quer ajudá-los. Continua teimosa, marota e traquina. Continua perigosa a fugir-me em todo o lado, escorregadia como o sabão, mas com a delicadeza e beleza de uma rosa soprada ao vento. Olhos nos seus e vejo um brilho. Um brilho de felicidade. Um brilho de orgulho. Repete constantemente, não quero ajuda, eu faço. Sou uma menina crescida. E eu olho para ela e vejo como está crescida. Crescida e linda. Não deixará nuca de ser a minha bebé como lhe digo, mas não me canso de repetir que tenho muito orgulho na minha menina crescida refilona, alegre, brincalhona. È uma dádiva ser mãe, mas ser mãe de criança como esta é uma dádiva muito grande. Porquê como esta? Porque é minha, porque é única, porque me surpreende todos os dias com a sua agilidade e capacidade de raciocínio, para alguém que fez 3 anos
E por falar em perfume, começo achar que os filhos trazem um perfume de feromonas relaxantes, pois basta-me abraçar-te e sentir o teu cheirinho, para ficar tão calma e tão tranquila, que até o sono se torna mais sereno.
Que surpresas mais ainda me vais revelar minha querida menina crescida?
Olho para ti e penso que não sei o que fiz ao tempo, mas acho que de ti fiz uma criança feliz.
Que repits por muitos longos anos.Beijinhos meus da mamã e do papá.
A ultima manha da menina quando não quer comer o que está no prato é pôr-se a dizer tenho dores de barriguinha…Mas se a seguir lhe oferecemos outra coisa mais docinha ou que ela gosta mais esquece-se logo das dores de barriguinha.
A Bá adora partilhar comigo. Bolachas e outras coisas ultimamente e fica toda contente: -Estou a partilhar contigo mãe. E quando eu lhe dou alguma coisa agradece:
-Obrigada por partilhares comigo mãe.
E a seguir enche-me de beijinhos e esses são os que mais gosto que ela partilhe comigo.
A Bá quer ser um golfinho. Diz que é uma golfinha cor-de-rosa ( tem um brinquedo assim). Depois diz que somos todos gofinhos à moda dela: a mãe é uma golfa, o pai é um golfo e a Bá é uma golfinha. Porque para ela só os pequeninos têm direito a “inhos”, para ela tudo o que acabe em “inho” é pequenino. Ora se o papá e a mamã não são pequeninos não podem ser golfinhos são golfos.
Acho que ultimamente a consegui fazer perceber que era a mesma palavra para todos.
Quando era pequena a minha avó desdramatizava as feridas brincando que a tripa fina e a tripa grossa iam sair por ali, (só anos mais tarde percebi do que ela estava a falar). Desta forma às vezes digo o mesmo à minha filha quando ela se magoa. De modo que quando lhe pergunto se ela está melhor, ela agora responde-me:
-Sim mamã. Olha a fina grossa já saiu.
Já fui vaquinha no prado a pastar …
Já fui bruxinha a dançar ao luar;
Já fui princesa,
Já fui princesa bailarina.
Já quis ser gaivota
e ter um par de asas verdes para voar...
Já fui apenas uma menina.
Já quis ser borboleta e abelhinha que de flor em flor andasse a voar
Agora quero ser golfinha para no Oceano nadar
E agora, mãe deixa-me ser o que eu imaginar!
Dedicado à minha filha que neste Verão quer ser uma “Golfinha”
Este é um daqueles posts que não precisa de muitas palavras. È daqueles que explica porque é que sou uma mãe atrapalhada e comprova que a rapariga decididamente quer participar das olimpíadas e levar a mãe com ela. Confiram só mãe e filha em pelno treinos atléticos.
Desculpem agora é que vamos de férias a sério, pelo menos daqui do blog. A inspiração nunca me falta ,é a minha traquinissima Bá,mas o verão inspira-me andar na rua e aproveitar o sol. Sinto-me um pouco em baixo.Estou a precisar de muito sol, de muito água salgada, de estar com pessoas ao vivo e a cores. Sei que também conto o vosso muito precioso carinho,mas estou a precisar de calor humano directo. Como sempre talvez saiam um ou dois posts programados ,mas vamos deixar o batráquio a trabalhr sózinho. Boas férias para os que vão de férias. Bom trabalho para os que ficam a trabalhar. Como vou ser turista na propria cidade, não irei muito longe, apenas uns curtos dias à terrinha...Por isso a ausência não será grande. Estarei por cá mas um pouco mais arredada da blogesfera...
até jáaa como diria a Bá
Que ninguém chame bebé à Dona Bá que ela é uma menina crescida…
Já há um tempo, passámos alguns dias em casa das avós (avó e tia-avó) paternas e um senhor que foi fazer uma entrega meteu-se com ela dizendo :
- Olá bebé..
A o que ela respondeu muito zangada:
- Eu não sou bebé, sou uma menina crescida…
O senhor achou-lhe piada de tal forma que estava eu na rua come ela ao colo para entrar no carro e o senhor parou reconhecendo-a e virou-se para ela dizendo:
-Olá Bebé…
A resposta não se fez esperar e o senhor continuou o caminho dele a rir.
Eu e o pai levamos a Bá ao parque e ela quer andar de baloiço.O pai empurra do lado de trás eu empurro de frente. De repente sem que esperássemos ela refila:
-Querem parar com isso os dois?
Rimo-nos a voltamos a fazer só para ver a reacção. Ela volta refilar com voz autoritária:
-Eu já disse para pararem coma brincadeira ai ai ai....
Risota geral e ela pediu para sai do baloiço.
Pais desnaturados que obrigam a criança a mudar do baloiço para o escorrega.
lol sabe tão bem fazer-lhes malandrices de vez em quando...
Sim, são oito anos que eu e o teu pai nos aturamos. Sâo oito anos de duas vidas envolvidas numa vida que agora envolve a tua também. Um dia disse que eu não podia ficar com o teu pai, pois se acontecesse, ia ser um caos com o mau feitio que tínhamos os dois, à primeira discussão partíamos uma casa. Bom isso não aconteceu. Pelo contrário construímos um lar e porque achámos que ele estava incompleto convidámos-te filha. Dizem que o oito é o número do infinito, por isso a palavra noite termina em quase todas as línguas europeias com a plavra oito ( no caso de portugal deriva do latim que terminaria em oito). É esse o meu desejo depois de termos assistido ao divórcio de familiares e de amigos, apesar de tudo e contra as minhas expectativas estamos juntos. A picarmo-nos um ao outro como aquele casal de velhinhos do mais velhinho ainda "sabadadbadu", mas de pedra e cal para o que for preciso. E espero que este oito seja o prenúncio do infinito....
P.S -Filha vê se recordas o forreta do teu pai a oferecer umas floritas à mamã!
Quanto a ti não te preocupes és o nosso eterno presente...
De há uns tempos para cá aminha filha pegoua amania de me chamar pelo nome próprio e ao pai também. Fase que acho que todas as crianças passam. Tentando que ela voltasse a chamar só mãe viro-me para ela e digo-
-Oh Flora? Então já não é mamã. A menina não chama mamã porquê?
a respostas não se fez esperar com o ar masi admirado e inocente do mundo eas mãozitas expressivamente abertas.
-Mas tu chamas Flora, não chamas? Chamas Flora não chamas? como quem diz, então se chamas que mal estou eu a fazer.
-Chamo filha, chamao.Deixa lá a mãe estava abrincar contigo.
Pois que contra factos não há argumentos e não vejo que mal ao mundo pode vir por ela me tratar pelo nome, até gosto honestamente....
Porque a vida tem coisas tristes também este blog às vezes tem posts tristes, este é um deles.
É com lágrimas nos olhos e um enorme pesar na alma que escrevo estas linhas.Ontem tive uma notícia muito triste recebida da pior forma. A D.Adelaide era a senhora que me ajudava quando estive a dar aulas em Rio Maior. Digo ajudar, porque ela fazia mais que ser a senhora que ia lá a casa duas horas por semana tratar da roupa da Bárbara e da minha se fosse preciso, pois a Bárbara tinha 6 meses e eu estava sozinha com ela numa casa enorme que só está preparada para férias.
Era a Dona Adelaide que me ficava com a Bárbara quando eu chegava de viagem e precisava que alguém tomasse conta dela.Era ela que preparava tudo para me receber e à nossa "Bárbia" como ela dizia quando eu chegava de viagem."
Foi ela que me ajudou , quando fiquei sozinha uma semana com a Bá doente em casa e o tempo estava tão mau que nem me atrevia a viajar, com a Bárbara aos vómitos. Era ela que sempre que podia ia ver se eu estava doente, se precisava de alguma coisa , pois sabia que eu estava sózinha com um bebé, ao contrário de algumas pessoas com quem eu tinha laços familiares que não se dignaram um dia a ir ver-me, quando já fizeram muitos mais quilómetros por outras pessoas.
Eu tenho uma enorme dívida de gratidão para com a D.Adelaide que nunca a poderei pagar.Posso dizer que se na vida encontramos anjos sem asas a D.Adelaide foi um desses anjos que encontrei para me suavizar uma caminhada penosa.
Todos os Natais eu lhe ligava, por vezes ela não atendia, porque tinha problemas de audição.Então eu deixava-lhe uma mensagem pois sabia que a filha lhe lia.
Se há pessoas de Rio Maior que recordo com enorme carinho e saudade a D.Adelaide era uma delas. Soube que estava doente e tentei ligar-lhe mas nunca conseguia. Tinha tido notícias por pessoas da minha família que ela tinha saído do hospital e estava com esperanças que ela melhorasse. Ela era um pessoa com uma enorme alegria de viver e um coração muito bom.
Eu sempre disse que quem trata com amor e carinho a minha filha faz-me bem a mim.Era suposto eu ter ido a Rio Maior mais vezes, mas a vida nem sempre dá para fazermos o que queremos. Ontem liguei e fiquei contente quando finalmente me atenderam o telefone, a voz :
-Lamento desiludi-la minha senhora, a minha irmã faleceu há pouco mais de um mês no dia seguinte ao do seu aniversário..
Eu estava a telefonar para lhe dizer que ia lá com a sua Bárbia .
Por outro lado sei que ultimamente sofria muito, por isso talvez seja melhor assim.
Não consigo imaginar-me a chegar a Rio Maior sem ligar a D.Adelaide para dizer:
- Venha ver a sua bebé,olhe como ela já está uma menina crescida....
Ainda não tive coragem de apagar o número do telemóvel...
Se por um lado tenho pena que a Bárbara não se recorde dela, por outro melhor assim..
Adeus D.Adelaide descansa em paz.
Se há coisa que eu sou igual ou pior que a minha filha é gulodice por gomas.Um dias destes comprei um saquinho para irmos comendo as duas enquanto víamos televisão.Entretanto tive que ir fazer qualquer coisa e a Bá ficou sozinha com o saquinho de gomas.Quando voltei só vi o saco...
Eu: -Então filha comeste as gomas todas, não deixaste nada para a mãe?
Ela: - Claro mãe, isto é para os meninos pequeninos não é para as mamãs grandes, não é para as mamãs grandes. - a rir.
Pois filha tens razão...., mas no que diz respeito a gomas a mamã é pequenina...
Por Darfur
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